quinta-feira, 17 de março de 2011

Sessão da Câmara de ontem por pouco não acaba em agressão física

Porto do Mangue - Um bate-boca que quase termina em agressão física entre vereadores da oposição e da situação forçou o encerramento da sessão do Legislativo ontem. Os trabalhos se estenderam além do horário costumeiro, mas o desentendimento, envolvendo principalmente o vereador Márcio Marcelino (PSB) e o secretário municipal de Esporte, Jean Almeida, que saíram até a rua trocando sérias acusações, foi suficiente para que o presidente batesse o martelo.
O foco da agitação foram as denúncias contra a Secretaria Municipal de Educação. Segundo o líder da oposição, vereador Carlos Augusto Maia (PSB), além de o ano letivo começar atrasado, as escolas não têm estrutura, professores e merenda escolar.
A professora Ana Karina, presidenta do Conselho da Merenda Escolar, acusa o Executivo de estar perseguindo os professores e fraudando as notas fiscais da merenda. "Na nota diz que estão sendo fornecidos alguns tipos de alimentos que não chegam às escolas", denunciou.
O agricultor José Francisco Filho, morador do assentamento Alto das Graças, reclama que seus dois filhos voltam para casa todo dia porque não tem professor para dar aula. "Os meninos se deslocam até a escola da agrovila Carajás e voltam por falta de professor", reclamou.
Os vereadores criticam ainda que em algumas escolas da zona rural as séries estão sendo misturadas por falta de professores. "Uma mesma sala tem alunos do primeiro e do segundo ano; numa outra, alunos do terceiro e do quarto", aponta Carlos Augusto.
Segundo ele, o quadro efetivo da Prefeitura dispõe de 97 professores, que devem ser suficientes, de acordo com o cronograma da educação, mas os professores não estão dando aula. "O problema é a distribuição dos professores", afirma.
O presidente da Casa, Erivan Dantas (PSB), disse que já buscou várias explicações do Executivo, mas nunca teve uma resposta a contento. "Nossa única saída é acionar o Ministério Público", disse Erivan.
Como Porto do Mangue não tem comarca, é preciso movimentar os processos em Assú. Os vereadores alegam também que a Promotoria tem feito pouco caso dos assuntos do município e demorado muito a agendar as audiências.
Fonte: Jornal de Fato

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