II FLIPIPA — FESTIVAL LITERÁRIO DA PIPA – 2010
PROGRAMAÇÃO OFICIAL
18/NOV (5ª feira)
18h — Tenda literária
Mesa 1: Novela Gráfica: A construção linguística e visual
COM: Daniel Galera (SP) e Rafael Coutinho (SP)
MEDIADOR: Alex de Souza (RN)
Lançada em julho deste ano, a novela gráfica Cachalote já é considerada um dos mais ousados projetos autorais do gênero no Brasil. É uma bem bolada aventura criada pelo escritor Daniel Galera e desenhada, primorosamente, por Rafael Coutinho, que também ajudou na elaboração do argumento. Juntos, debatem sobre a construção da obra, a narrativa e construção visual. O escritor Daniel Galera é autor do premiado “Cordilheira” e “Até o dia em que o cão morreu” — adaptado para o cinema como “O Cão sem Dono” (Beto Brant/Renato Ciasca). Já o ilustrador, roteirista e artista plástico Rafael Coutinho, filho do cartunista Laerte, é considerado um expoente da nova geração de quadrinistas autorais. Como mediador, estará o jornalista potiguar e professor da Universidade Federal da Paraíba, Alex de Souza, um aficionado pelas HQs.
19h30 — Tenda literária
Solenidade de Abertura
20h — Tenda Literária
Mia Couto falará sobre a influência do Brasil na literatura africana |
Mesa 2: O Brasil que existe em nós
COM: Mia Couto (Beira, Moçambique)
DEBATEDORA: Conceição Flores (Portugal/RN)
De Gregório de Matos a Jorge Amado, a literatura brasileira tem um papel relevante na gênese da literatura africana, sobretudo entre os autores de língua portuguesa. Para falar sobre a construção de uma identidade literária e suas influências, estará com a palavra um dos mais importantes nomes da literatura africana contemporânea, o escritor moçambicano Mia Couto. Autor dos romances "Terra Sonâmbula", ‘O Último vôo do Flamingo”, ‘Moçambicanos”, ele é o mais traduzido entre os escritores do seu país e já teve várias obras adaptadas para o cinema e o teatro — uma de suas paixões. Como interlocutora, a professora doutora em Literatura Portuguesa da Universidade Potiguar — UnP — Conceição Flores, que integrou o júri do Prêmio Portugal Telecom 2010. Conceição também tem orientado trabalhos acadêmicos voltados para a obra do escritor.
21h30 — Tenda literária
Mesa 3: 1822: Uma nova perspectiva da criação do Brasil
COM: Laurentino Gomes (PR)
DEBATEDOR: Raimundo Pereira Arrais (PE/RN)
Com o livro 1808, sobre a fuga da família real portuguesa para o Brasil, o escritor e jornalista Laurentino Gomes transformou uma pesquisa histórica em best seller e com ele ganhou o Prêmio Jabuti, em duas categorias: Livro-reportagem e livro do ano de não-ficção. Agora, o autor chega com o surpreendente '1822, como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram a D. Pedro a criar o Brasil - Um país que tinha tudo para dar errado’. Nele, Laurentino debruça-se sobre a saga de Dom Pedro I no processo de independência do Brasil com uma narrativa que aproxima cada vez mais o leitor da sua própria herança histórica. Para mediar a conversa está o historiador pernambucano Raimundo Arrais, que exerce a função de professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UFRN e atua nos domínios da História urbana, enfocando os temas cidade, cultura urbana nos séculos XIX e XX..
19/NOV (6ª feira)
17h30 – Tenda literária
Mesa 4: “O Sisudo e a Melindrosa: tradição e modernidade em Gizinha, de Polycarpo Feitosa
COM: Tarcísio Gurgel (RN)
MEDIADORA: Nivaldete Ferreira (PB/RN)
Ficcionista e político potiguar, Antônio José de Melo Souza ficou conhecido na intelectualidade pelo pseudônimo Polycarpo Feitosa. Foi escritor, jornalista, poeta, historiador, contista e romancista. Entre os seus livros estão "Flor do Sertão" (1928), “Os moluscos” (1938) e o mais famoso deles "Gizinha" (1930, reeditado pela Fundação José Augusto em 1965). As minúcias da obra deste escritor potiguar — que escrevia sobre os costumes, era culto, moderno e leitor de revistas literárias francesas — serão debatidas pelo escritor e estudioso da obra de Polycarpo, professor da UFRN, Tarcísio Gurgel. Como mediadora a professora, poeta e escritora Nivaldete Ferreira, autora de “Sertania”, “Trapézio e outros movimentos”, “Psilinha cosmo de caramelo”.
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19h30 — Tenda literária
João Ubaldo Ribeiro divide mesa com o amigo Geraldo Carneiro |
Mesa 5: Vida de escritor
COM: João Ubaldo Ribeiro (BA) e Geraldo Carneiro (MG)
MEDIADOR: Woden Madruga (RN)
Passaram-se mais de duas décadas desde que o poeta, roteirista e compositor Geraldo Carneiro e o romancista João Ubaldo Ribeiro resolveram cimentar uma parceria de escrita e amizade. Foi no início dos anos 1990, quando Carneiro foi incumbido de adaptar para a TV o romance "O sorriso do lagarto", de João Ubaldo. Neste encontro em solo potiguar, falarão sobre suas experiências literárias e parcerias, além dos novos livros. Ubaldo é autor de ‘Viva o Povo Brasileiro’, ‘A Casa dos budas ditosos e ‘O Sorriso do Lagarto’, sendo o último livro “O Albatroz Azul”. Geraldo Carneiro, que em 2009 investiu no poema para crianças em “Como um cometa”, é autor de mais de uma dezena de livros, entre eles “Verão Vagabundo”, “Balada do Impostor”, “Por Mares nunca dantes”, além de roteiros que entraram para a história da TV e cinema como “Eternamente Pagu” e “Você Decide”, além de parcerias musicais de Wagner Tiso a Astor Piazzola. A conversa será mediada pelo jornalista, cronista Woden Madruga, amigo de Ubaldo e leitor de ambos.
21h0 — Tenda literária
Mesa 6: Estrelas de Couro: A Estética do Cangaço
COM: Frederico Pernambucano de Mello (PE) e Sérgio Augusto Dantas (RN)
MEDIADORA: Clotilde Tavares (PB)
Considerado o autor de maior referência nos estudos sobre o cangaço, o historiador e escritor Frederico Pernambucano de Mello mergulha no universo estético, comportamental e mitológico do cangaço e de seu mais importante protagonista, Lampião. Nesta costura iconográfica, abordará o tema "Estrelas de Couro: A Estética do Cangaço” (Editora Escrituras), título de sua mais recente obra, provida de um rico acervo de imagens do cangaço. Pernambucano é autor também de “Guerreiros do Sol”, “Guerra total de Canudos” e “Tragédia dos Blindados”. O escritor, pesquisador e jurista Sérgio Augusto de Souza Dantas é autor de "Lampião, entre a Espada e a Lei", uma biografia impecável de Lampião, inclusive com análise jurídica dos crimes cometidos pelo rei do cangaço. A mediadora será a escritora Clotilde Tavares, dramaturga, médica aposentada e estudiosa da cultura popular, também é autora de “Coração Parahybano”, “Bilhete Suicida”, “A Botija” e “A Magia do Cotidiano”.
20/NOV (Sábado)
17h30 — Tenda literária
Mesa 7: Jornalismo e cultura nas redes sociais: experiências
Com: Dirceu Simabucuru, Laurita Arruda, Yuno Silva e Carlos Cavalcante
Através de relato de experiências dos convidados, o debate aponta como o jornalismo de informação e a cultura encontraram nas novas mídias um meio não só de difusão, mas de interação com o leitor e o espectador. Essas histórias serão contadas por Dirceu Simabucuru, que é superintendente da Intertv Cabugi; a jornalista Laurita Arruda (blog Território Livre); o jornalista, produtor cultural e ativista ambiental Yuno Silva; e o músico e poeta Carlos Cavalcante (Carito).
18h30 — Tenda literária
Mesa 8: Luis da Câmara Cascudo: por uma fortuna crítica preservada
COM: Durval Muniz (PE), Moacy Cirne (RN) e Vânia Gicco (RN)
Mediador: Carlos Magno Araújo
A polêmica reedição do Dicionário do Folclore Brasileiro motiva este debate sobre a obra da nossa principal referência intelectual, e o eminente desvirtuamento de seu legado crítico. O tema será abordado pelos três autores: o historiador e escritor Durval Muniz, autor de 'A invenção do nordeste e outras histórias”, que atua nas áreas de Teoria e Filosofia da História e biografia histórica. Moacy Cirne, artista-visual e professor aposentado da Universidade Federal Fluminense, possui mais de dez livros lançados sobre poesia e estética dos quadrinhos. Sobre a abordagem deste debate, lançou recentemente “Dicionário do Folclore Brasileiro: uma edição desfigurada”. Vânia Gicco é professora universitária, sócia efetiva do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e biógrafa de Luís da Câmara Cascudo. A mediação será feita pelo jornalista, escritor e diretor de redação do Novo Jornal, Carlos Magno Araújo, co-autor de “A Cabeça do Futebol”, escrito em parceria com Samarone Lima e Gustavo de Castro.
20h00 — Tenda literária
A escritura de João Gilberto Noll, por ele mesmo |
Mesa 9 :A literatura de Noll em tempos de pós-modernidade
COM: João Gilberto Noll (RS)
DEBATEDORA: Ilza Matias Sousa (RN)
Uma busca por possibilidades insondáveis através de um estilo, e a eterna vocação para narrativas em que personagens vagam por um mundo onde não se ajustam, norteiam a escritura do gaúcho João Gilberto Noll. Ficcionista brasileiro premiado, autor pós-moderno, a carreira de Noll conta com obras fundamentais como ‘Acenos e afagos’ (2º lugar no Prêmio Portugal Telecom), ‘O cego e a dançarina’, ‘Hotel Atlântico”, ‘A Fúria do corpo’, ‘Bandoleiros’, ‘A céu aberto’, ‘A máquina do ser’, ‘Mínimo múltiplo comum’, ‘Harmada’, entre outros. Com romances e contos, Noll recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Prêmio Jabuti em cinco ocasiões — em 1981, 1994, 1997, 2004 e 2005. O mais recente livro, “Anjos das Ondas”, aborda mais uma vez, agora sob o universo juvenil, a conflituosa busca pela identidade. Para interagir com o autor, estará a professora titular do Departamento de Letras da UFRN, com pós-doutorado em Letras pela PUC-MG, Ilza Matias Sousa, estudiosa da obra de Noll.
21h30 — Tenda literária
Mesa 10 : ‘Minha alma é irmã de Deus’: uma nova narrativa
COM: Raimundo Carrero (PE)
DEBATEDOR: Carlos Peixoto (RN)
Em 'A Minha alma é irmã de Deus', um narrador inominado conduz uma jovem solitária na busca de um sentido para a vida. A história deu a Raimundo Carrero o Prêmio São Paulo de Literatura 2010, na categoria livro do ano. Nele, o escritor pernambucano revisita sua obra, mantendo uma rede subterrânea de túneis com outros de seus títulos — numa espécie de tetralogia. Ele volta a trabalhar com a memória e retoma a discussão do narrador indireto, matéria-prima dos seus últimos dois romances – 'Ao redor do escorpião… uma tarântula?' e 'O amor não tem bons sentimentos'. Carrero tem outros romances premiados como “A história de Bernarda Soledade: a tigre do Sertão”, ‘A dupla face do baralho: confissões do Comissário Félix Gurgel’ (1984), ‘Somos pedras que se consomem’ (1995). Nos últimos anos, dedicou-se às oficinas de criação literária, uma delas realizada na primeira edição do Festival Literário da Pipa. Jornalista de formação e carreira, costuma dizer que o jornalismo é a grande escola literária. O mediador Carlos Peixoto é jornalista, escritor (“História de Parnamirim”/Coleção Parnamirim), e diretor de redação do jornal Tribuna do Norte.
AÇÕES PARALELAS
Dia 18/11
15h — Rua principal
Caminhada literária: Recitais, leitura de textos e performances pontuam a caminhada, aberta ao público, com saída da Praia do Amor até o Spa da Alma, pela beira da praia.
Coordenação: Ana Brito
Dias 18, 19 e 20/11
Dias 18, 19 e 20/11
Sarau da Book Shop/Biblioteca Comunitária da Pipa: Recitais poéticos abertos à versos e prosas. Curadoria de Cíntia Junqueira
14h30 às 16h30 - Escola Municipal Domitila Castelo
Oficina literária: Conto
Com: Escritor Daniel Galera
Coordenação: Carlos de Souza
O escritor, jornalista e tradutor Daniel Galera é o convidado desta edição para realizar a oficina literária durante os três dias de Festival. Será focada no gênero conto, com ênfase nos seguintes tópicos: diferença entre autor e narrador, tipos de narrador, construção de personagem, estrutura e tempo da narrativa, subtexto e clímax. Os autores trabalhados serão Anton Tchekhov, Sérgio Sant´Anna, Luiz Vilela, Daniel Pellizzari, Paulo Scott. Nos dois primeiros encontros haverá exposição de conteúdo com exercícios de escrita em aula, e o encontro final será um mini-seminário para leitura e discussão de contos produzidos pelos participantes.
18h — Estande da Cooperativa Cultural da UFRN
Exposição de Poesia visual: Poema processo, arte, sob a curadoria do artista Jota Medeiros.
18h — Estande da Livraria Siciliano
Lançamentos de livros, noite de autógrafos e encontro com escritores.Presidente da Fundação Hélio Galvão: José Arno Galvão
Curadoria Geral: Dácio Galvão — Sede: Fundação Hélio Galvão
Av. Campos Sales, 930 – Tirol. Natal - RN, 59020-300/ 84 3222-2648
Produção executiva: Candinha Bezerra (Scriptorim) 9919-9518
Assessora Técnica: Valda Bezerra
E-mail: astecvalda@digizap.com.br
Fones: 3217 6681 / 3217 9155 / 94191219
Assessoria de imprensa: Fato Novo Comunicação —
Dionísio Outeda (84 9974-3839)/ Cinthia Lopes (84 9635-4674).
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