Tinha de ser sofrido. A Espanha é campeã do mundo após vitória suada sobre a Holanda: 1 a 0. A conquista veio na prorrogação, após o placar ter ficado inalterado no tempo normal e durante boa parte da prorrogação. Em um jogo marcado pela marcação por muitas vezes violenta da Laranja, e por uma arbitragem pavorosa de Howard Webb, coube a Iniesta brilhar pela Fúria ao marcar o gol do título. Em tempo: o tal polvo acertou mais uma.
MUITA VIOLÊNCIA E POUCA CRIATIVIDADE
A Fúria, para variar, tomou conta do início do jogo. As trocas de passes quase intermináveis geraram duas boas chances de gol: na primeira, Sergio Ramos cabeceou para Stekelenburg fazer grande defesa; em seguida, o lateral espanhol fez boa jogada e Heitinga afastou o perigo quase sobre a linha do gol.
A partir daí o que se viu foi um jogo concentrado no meio de campo. Chegou a se tornar violento - De Jong deveria ter sido expulso ao entrar com o pé alto, bem alto, no peito de Piqué. A arbitragem de Howard Webb, o mais jovem a apitar uma final de Copa desde Pierre Capdeville em 1938 (na Itália) foi confusa.
CADÊ OS CRAQUES?
Sneijder e Robben quase não foram vistos na primeira etapa. Van Persie menos. Do outro lado, Xavi e Iniesta eram pouco criativos, muito por conta da forte marcação holandesa. Com poucos chutes a gol, o primeiro tempo foi embora sem deixar saudade - apenas a esperança de que o jogo melhorasse na etapa final.
A equipe dirigida por Vicente del Bosque voltou do intervalo como entrou em campo: marcando em cima e jogando no campo do adversário. Nos primeiros minutos, Capdevilla por pouco não aproveitou desvio de Puyol em escanteio
ROBBEN PERDE A PRIMEIRA
A Holanda, então, parou de distribuir pontapés e passou a jogar futebol. Sneijder ganhou de Busquets e deu um belíssimo passe para Robben, que saiu frente a frente com Casillas. O canhotinho escolheu o canto e bateu firme, mas a bola desviou em Casillas e passou rente à trave.
Do outro lado Villa também desperdiçou uma chance clara de marcar. Jesús Navas fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro. Em um momento patético do fraco Heitinga - que tentou cortar e deixou a bola passar por entre suas pernas - o artilheiro espanhol ficou com o gol vazio, mas tocou a zaga conseguiu salvar.
ROBBEN PERDE A SEGUNDA!
O jogo se aproximava do fim e o nervosismo só aumentava. No fim do jogo, Robben teve novamente a chance de fazer o gol. Desta vez saiu atrás de Piqué e Puyol, mas venceu os zagueiros na velocidade e acabou desarmado por Casillas. Reclamando um pênalti não existente, acabou levando o amarelo.
O PLACAR FICOU INALTERADO. E VEIO A PRORROGAÇÃO. E A ARBITRAGEM...
De tanto ver Robben, Fàbregas acabou repetindo os erros do holandês: saiu cara a cara com Stekelenburg e conseguiu errar, logo no início do primeiro tempo da prorrogação. Isso depois de o árbitro não ter marcado um pênalti claro de Heitinga em Xavi. Na sequência, Mathijsen subiu de cabeça e assustou Casillas. O jogo ficava cada vez mais aberto.
No segundo tempo, Heitinga foi expulso - justamente e finalmente, diga-se de passagem. E quando tudo parecia se encaminhar para a decisão por pênaltis, Fernando Torres deu para Fàbregas na entrada da área em boas condições. O meia do Arsenal deu para Iniesta marcar o gol salvador, o gol do título. O gol que deu o primeiro título mundial à Espanha.
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