domingo, 24 de janeiro de 2010

Muda perfil de infectados no RN

Em 2009, Riacho da Cruz, a 350 quilômetros de Natal, foi o último município do Rio Grande do Norte a notificar o primeiro caso de Aids. Com pelo menos um infectado em cada uma das 167 cidades, o Estado constata a realidade nacional da interiorização da doença. A cada mês, morrem em média seis pessoas com Aids em estágio avançado no Hospital Giselda Trigueiro, a maioria antes dos 40 anos, segundo o infectologista Kléber Luz.
"Não há mais grupo de risco: quem tem vida sexual ativa corre perigo de se infectar", diz a coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/Aids do Hospital Giselda Trigueiro, infectologista Teresa Dantas.

Há 14 anos atendendo pacientes com Aids, a médica aponta mudanças no perfil de notificações: feminilização, pauperização, interiorização e maior número de idosos doentes. "Antigamente Aids era doença de rico, usuários de drogas injetáveis, na região Sul", diz. "Hoje temos pacientes mais pobres, do interior, infectados sem nunca terem saído para morar fora, como ocorria antes ao se constatar casos em cidades distantes da zona urbana".

O RN não aparece no ranking das 100 pequenas cidades do país onde dobraram os casos de Aids entre 1997 e 2007, mas a realidade da doença não tranquiliza a Secretaria de Saúde Pública do Estado (SESAP). Principalmente entre a faixa etária jovem. No Carnatal de 2009, em quatro dias de folia, três dos 301 exames realizados com os foliões resultaram positivos.
Fonte: Jornal de Fato

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