Jaime Augusto está preso há 20 dias. Ficou em uma carceragem na Baixada Fluminense, com outros 440 detentos. Mas segundo a Defensoria Pública, quem deveria estar na cadeia é o irmão mais velho dele, José Augusto.
Jaime conta que o irmão foi preso por roubo com arma de fogo em março de 2007, em Santa Catarina. Mas ao entrar na cadeia, assinou em nome de Jaime Augusto e apresentou o título de eleitor dele.
Ano passado, José Augusto conseguiu um indulto para visitar a família, e fugiu. Como ao ser preso se passou pelo irmão, Jaime é que foi considerado foragido.
“Eu não esperava que ninguém fizesse isso com ninguém, quanto mais um irmão. É complicado porque eu trabalho, sempre paguei meus impostos e tenho o direito cassado de ir e vir”, disse o operário Jaime Augusto.
Documentos do Ministério Público mostram que o roubo foi no dia 2 de março. A folha de ponto da empresa onde Jaime trabalha comprova que ele estava de serviço nesse dia. Ele também estava trabalhando quando o irmão foi preso, em 9 de março.
Um outro documento mostra que José Augusto tem tatuagens. Ao contrário de Jaime, que não tem nenhuma tatuagem nos braços. “impetramos o hábeas corpus no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, objetivando o relaxamento, pois a prisão é flagrantemente ilegal”, disse o defensor público Denis Sampaio.
Na próxima terça-feira, três desembargadores do Tribunal de Justiça de Santa Catarina decidem o destino dele. Se negarem o pedido, Jaime terá que se apresentar no presídio de Rio do Sul.
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